Eu quero prestar meu testemunho da benção que eu encontrei ao estabelecer para mim mesmo uma “bolha psíquica” onde me encontro exatamente agora!
Um bocado de gente considera “errado” estarmos em “uma bolha psíquica” e dizem: saia da bolha! Mas, eu direi: conversa fiada! Todos nós vivemos dentro de nossa própria bolha de valores, crenças, filosofia de vida e tomamos decisões baseados nos limites desta dita “bolha psíquica”!
Já fui objeto de perseguição (e ainda sou em alguns sentidos).
Já fui criticado de muitas formas e maneiras (e ainda sou em alguns sentidos).
Não acredito que alguém (eu) seja “incriticável”, pelo contrário, as críticas são importantes para pessoas amadurecidas que precisam fazer permanente “exame de consciência” para crescer em si mesmo!
Nos dias de minha estúpida ignorância, do alto da minha infantilidade emocional, eu pensava que estas situações relativas às críticas que recebia, bem como nas adversidades pessoais pelas quais passei, tudo ocorria porque as pessoas que as praticavam “contra mim” tinham algum tipo de inveja, ou porque não gostavam de mim devido ao meu temperamento agitado e truculento (sanguíneo-colérico); ou ainda pensava um sujeito pobre e negro como eu, seria “inferior” diante dos ricos e influentes das rodas por onde andava; sim, já tive uma fase bem próxima desta besteira de “discriminação racial que alguns acham ser o centro do Universo”.
Pensei outras coisas negativas que em nada acrescentavam à minha psique interna e, por decidir não mentir para mim mesmo, naturalmente, eu cheguei à uma condição que mais dia ou menos dia, acabaria chegando e me fez desembocar onde acabei pousando (mentalmente falando).
O princípio motriz para esta “libertação” foi e continua sendo Romanos 14:12 que diz: “porque cada um de nós dará conta de si mesmo diante de Deus”; em seguida 2ª Coríntios 13:5-6 diz que “devemos examinar a nós mesmos à luz de Cristo”; em 1ª João 2:6 se define o que é ser cristão nestes termos: ”se alguém diz estar nEle deve andar como Ele andou”; daí a lógica me levou à pergunta: e como é que Ele andava?
Mateus 4:23 (9:35) e Atos 10:38 explicam que “Ele andava ensinando, pregando, curando e fazendo o bem”.
Ao lado desta percepção, revisitava, por razões espirituais e emocionais, muitos fundamentos de minha fé; porque a “prática do exame de consciência” estava definida neste processo que citei no parágrafo anterior e, deparei-me com a definição do ser humano em Marcos 12:29-31 que mostra-nos que não somos tricotômicos (três partes); mas, na verdade somos seres quaternários e possuídos de “coração ou emoção; alma ou espírito; entendimento ou razão; e, forças físicas”. Esta definição direta do próprio Cristo encerrou um monte de dúvidas qua haviam em minha mente e afastei-me de teorias que pretendem dividir o ser humano em “espírito que vive além do todo”, como é comum no espiritualismo e em outras correntes reencarnacionistas que negam o evangelho do sangue de Cristo que salva o pecador.
Ora, por esta percepção, acabei por identificar-me no processo e confirmei em Romanos 12:1-2 que “apresentar meu corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus é meu culto racional e que, atendendo de modo integrado o físico com a adoração, eu me permitia experimentar a emoção da vontade de Deus e uma renovação de minha mente” – esta concepção, estabeleceu “uma bolha psíquica” onde eu entrei deliberadamente e continuo nela, bloqueando qualquer objeto ou coisa que me tire desta direção. Não é fácil, porque neste esforço, todas as minhas tendências hereditárias, rancores, ódios, revoltas e pecados se revelaram para mim e comecei a entender com clareza o tamanho de minha fragilidade diante da Lei de Deus, que é eterna (Salmo 119:142,152).
Entendi uma importante moral da minha própria História: “a opinião dos meus críticos não vale absolutamente nada pra mim quando o fundamento deles não é esta visão!” – daí a minha “bolha psíquica” citada.
E, isto me trouxe uma “cura mental” extraordinária; porque abdiquei completamente do interesse que antes eu tinha de “agradar as pessoas, por padrões que acham que eu devo submeter-me porque a tradição, a religião denominacional, o consciente coletivo ou mesmo o diabo que seja, imaginam que eu deveria me moldar”. Sei que minha atitude parece ser truculenta neste ponto; mas: danem-se! E, é exatamente este “danem-se” que se torna “libertador”!
Esta concepção inteira ficou clara quando eu entendi que minhas ordens são as mesmas que todos os fiéis de Deus receberam conforme indiquei e, que realmente “cada um cuida de sua própria vida dando de conta dela” (Romanos 14:12).
No entanto, ainda dois versos bíblicos me socorreram maravilhosamente quando, deste exame de consciência, decidi que atentaria para as determinações de Eclesiastes 9:9-10 e 12:13-14 que dizem que “a Suma”, ou seja, “o Final de toda a nossa vida” se resume em quatro pontos bem diretos e ordenados pelo Criador:
O ponto-chave neste testemunho, porém, é que minha vida (física, emocional, intelectual e espiritual) fechou-se num circuito interior, num claro desenho deste quadro mental fundamental para me manter a perenidade intelectual e a constância emocional mínima.
Daí que tudo passou a ser analisado por este padrão; numa doutrina pessoal que se tornou uma regra absoluta em minha vida e o natural afastamento de todas as demandas fora deste escopo se tornou minha necessidade, que evoluiu depois em importância, até se tornar como é hoje: essencial.
Por temperamento natural, eu tenho a tendência de afastar-me das pessoas, não importa se são da família ou não, não importa o grau de intimidade que elas imaginam que possuem comigo; este afastamento é referente à minha vida “privada” e “interior” e não no sentido “profissional público”; até mesmo porque tenho obrigações já explicadas com a missão de “ensinar, pregar, curar e fazer o bem” como Cristo andou fazendo.
Diante de tudo isto é muito importante esclarecer que há limites e eles foram bem delineados em 1ª Tessalonicenses 4:1, 11-12 com este solene esclarecimento:
“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que possais progredir cada vez mais.” (verso 1)
“E procureis viver quietos e tratar de vossos próprios negócios; trabalhando com vossas próprias mãos, como já vo-lo mandamos; para que andeis honestamente para com os que estão de fora da fé e não necessiteis de coisa alguma.” (versos 11-12).
Esta é exatamente a “bolha psíquica” que escolhi com reflexão e cuidadosa análise construída ao longo de meus 52 anos (quando escrevo estas linhas).
Até aqui o Criador me tem permitido, perceber a Sua influência e direcionamento em minha vida; nestes termos:
“Há muito que o Senhor me apareceu dizendo: ‘com amor eterno te amei, por isso com benignidade te atraí” (Jeremias 31:3).
“Senhor, Tu nos darás a paz, porque Tu És o que fizestes em nós todas as nossas obras.” (Isaías 26:12).
“Porque assim diz o Senhor Deus, o Santo de Israel: ‘voltando e descansando sereis salvos; no sossego e na confiança estará a vossa força’” (Isaías 30:15).
“E toda língua confesse que Jesus Cristo” – cujo nome em hebraico é Yahushua Mashiah – “é o Senhor, para a glória de Deus Pai. De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; porque Deus É o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade.” (Filipenses 2:11-13).
Meus caros amigos, sejamos solenes e sérios porque a vida está passando e em breve nos veremos diante da morte e conforme Hebreus 9:27-28, “aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disto vem o juízo”; não existe reencarnação e nem espírito que desencarna e anda por aí vagando, como se propõe em “fábulas profanas” (1ª Timóteo 1:4; 4:7; 2ª Timóteo 4:4; Tito 1:14; 2ª Pedro 1:16); pior ainda, segundo 1ª Timóteo 4:1: “o Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios”.
Nosso constante compromisso é, pois, da seguinte forma:
“Buscai ao Senhor e Sua força; buscai a Sua face continuamente” (1ª Crônicas 16:11; Salmo 105:4).
“Agora, pois, perante os olhos de todo o Israel, a Congregação do Senhor e perante os ouvidos de nosso Deus, guardai e buscai todos os mandamentos do Senhor vosso Deus, para que possuais esta boa terra e a façais herdar a vossos filhos depois de vós, para sempre” (1ª Crônicas 28:8).
“Quando Tu disseste: ‘buscai o Meu rosto’; o meu coração disse a Ti: ‘o teu rosto, Senhor, buscarei’” (Salmos 27:8).
“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto. Deixe o ímpio o seu caminho e o homem maligno os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. ‘Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos’; diz o Senhor. “ (Isaías 55:6-8).
“Porque assim diz o Senhor à Casa de Israel: ‘buscai-Me e vivei’.” “Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco como dizeis”. (Amós 5:4,14).
“Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da Terra, que tendes posto por obra o Seu juízo; buscai a Justiça, buscai a mansidão; pode ser que sejais escondidos no dia da ira do Senhor” (Sofonias 2:3).
Este é meu testemunho sobre como bloqueei minha mente, me coloquei numa “bolha psíquica” e me defendo de todas as armadilhas que propõem tristeza, depressão, angústia, severidade, medo, pânico, pavor e outras desgraças que todos nós, humanos somos tendentes a ter.
“O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra!” (Salmo 34:7).
1 Comments
A fé é o firme fundamento de tudo que não se vê. Verdadeiramente aqui se vê grande exemplo de verdade, superação e força. Tive a oportunidade de ver isto bem de perto. Você é grande exemplo de ser humano, maravilhoso que sem medir esforços ajuda sempre ao próximo.
Agradeço por ter passado um dia pelo seu compromisso de ensinar e também ajudar-me a fazer parte de sua grande Obra”Ensinar”
Muito Obrigada.