Minha Vida com a Naturologia Clínica!

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Minha Vida com a Naturologia Clínica!

  1. Como Tudo Começou?

A minha carreira como Naturologista Clínico se iniciou em 1998 com a conclusão de um ciclo. Eu estava com 30 anos de vida e desde meus 15 de idade (1983), minha vida estava totalmente conectada com a estrutura da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

A primeira fase, ou seja, do meu nascimento até aos 15, a realidade era bem simples: escola, futebol, jogo de botão e leituras que minha tia Sônia havia me indicado.

Mas, aos 15 anos eu me deparei com um livro intitulado: “Nossa Época à Luz da Profecia” de autoria de William A. Spicer, edição de 1930 da Casa Publicadora Brasileira. Ali, na leitura de ponta-a-ponta, eu iniciei minha jornada espiritual.

Na casa de minha mãe havia uma Bíblia, de capa vermelha, que ela havia conquistado num cursilho realizado em Campinho no Rio de Janeiro, com os adventistas do sétimo dia em 1968 e, no sétimo mês de gravidez de minha pessoa, ela conquistou-a como brinde.

Nos anos seguintes ao meu nascimento, a influência da família materna me levou à Umbanda e à Igreja Católica; uma mistura muito comum na Sociedade Carioca que, vive associada ao sincretismo entre tradições xamânico-africanas e catolicismo romano mais social do que de fundo.

Ora, o que estes fatos têm em relação à minha vida com a Naturologia Clínica? Tudo!

Os primórdios da temática intitulada: “Terapias Naturais, ou Medicina Natural” – me afetou de saída, pelo fato de que a Sociedade Adventista do Sétimo Dia, onde tive meu primeiro contato com esta filosofia de qualidade de vida, é muito falada – embora, seja absolutamente claro, pelo testemunho objetivo da vivência diária que tive entre 1983-1997 que, não existe qualquer compromisso efetivo com tal desiderato nas Comunidades Adventistas.

Não tive muita dificuldade em entender que se trata de uma questão rigorosamente particular, sem qualquer apelo dogmático específico e, mais ainda, na verdade, em certas localidades do Adventismo Confessional, os que se declaram Terapeutas Naturistas, Naturopatas, Naturologistas ou Médicos Tradicionais – são vistos com preconceito e inferiores aos que servem no setor de Medicina Alopática, e Enfermagem; como se fossem uma espécie de “segunda classe” ou “curandeiros”.

Todavia, em nada estas coisas me atingiram, porque meu espírito é investigador de tudo desde meus primeiros anos, quando fui alfabetizado entre os 3-4 anos de idade!

Então, a curiosidade estava à flor da pele quando via (até aos 10 anos) sessões de Umbanda; em toda a mística das missas católicas romanas que tive que participar (até aos 12 anos) em decorrência da “primeira comunhão” que fiz naquela Instituição e, efetivamente, quando observava na escola, na sala de aula o descortino de mistérios diversos que iam surgindo nas leituras e exposições de todas as disciplinas comuns da Escola.

Aos 15 anos, então caiu-me nas mãos o livro sobre profecias e uma nova fase da percepção se abriu; e com ela vieram as seguintes obras que foram minuciosamente lidas e relidas entre os anos de 1984-1987:

  • A Ciência do Bom Viver
  • Conselhos Sobre o Regime Alimentar
  • Conselhos Sobre Saúde
  • Temperança
  • Beneficência Social
  • Vida no Campo
  • Medicina e Salvação

Posteriormente, o oitavo texto em dois volumes, intitulado “Mente, Caráter e Personalidade”.

Todas estas obras de autoria de Ellen Gould White pavimentaram, dentro de uma Escatologia e Soteriologia muito peculiar no cenário interno do Adventismo, um entendimento que tenho ainda hoje e que se baseia em quatro versos da Bíblia que o sustentam:

“Não sabeis que sois Santuários de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o Santuário de Deus que sois vós, Deus o destruirá; porque sagrado é o Santuário de Deus, que sois vós” (1ª Coríntios 3:16-17).

“Rogo-vos, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1-2).

“Amarás ao Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e, amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse: respondeste corretamente; faze isto e viverás!” (Lucas 10:27-28).

“Por isto mesmo, vós, reunindo toda a vossa diligência, associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio (temperança); com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade, a fraternidade; com a fraternidade, o amor. Porque estas coisas, existindo em vós e em vós aumentando, fazem com que não sejais nem inativos, nem infrutuosos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora. Por isso, irmãos, procurai, com diligência cada vez maior, confirmar a vossa vocação e eleição; porquanto, procedendo assim, não tropeçareis em tempo algum. Pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2ª Pedro 1:5-11)

Na primeira passagem somos informados acerca da Santidade da Vida.

Na segunda, que nos cumpre uma atitude firme de cuidado com o corpo, com a espiritualidade, com a mente e com as emoções.

Na terceira, ficamos sabendo que “o todo integral do ser humano” é quaternário – isto é, constituído de quatro dimensões: emoções (coração), alma (espiritualidade), forças (físicas) e entendimento (intelecto ou mente).

Na quarta e última passagem, apresenta-se oito pontos que devemos cultivar de modo racional, objetivo, constante e com a justa percepção espiritual: fé, virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor. E, inspira-nos a sentença que assegura: “pois desta maneira é que vos será amplamente suprida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.

Sem qualquer constrangimento, antes, pelo contrário, firme nesta direção; todos os estudos sobre saúde e qualidade de vida, desenvolvidos nos livros Whiteanos sobre saúde, obedecem estes quatro critérios. Naturalmente, que há uma ‘doutrina adventista nele’ – mas, os muitos anos de estudo e investigação me ajudaram a “separar uma coisa da outra”, da mesma forma que, o fato de eu haver estudado por mais de três décadas obras de outras matizes ideológicas e religiosas, filosóficas e até políticas, não me desviaram do fato soberano de que, para mim, “temos a redenção, pelo Seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da Sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência” (Efésios 1:7-8).

Não creio, de forma alguma e sob nenhum aspecto, que sou salvo ou santificado por minhas obras pessoais, quaisquer que sejam e sob qualquer que seja o pretexto, mas, porque fui definitivamente “salvo pela graça, mediante a fé; e isto não vem de mim, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9) – confio e creio que, o resultado de tal salvação se manifesta de modo espontâneo na nova criatura, confirmando a palavra que conclui: “pois somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10).

Foi com estas ideias e refletindo permanentemente nelas que, em 1996 eu entrei na Biblioteca Monástica de São Bento[1], na Cidade de Salvador (Bahia) que, diga-se de passagem, foi fundada em 1582 e é a segunda mais antiga do Brasil, contando com mais de 200 mil obras; mas, digo: estando eu nos átrios de tão portentosa casa de livros, fui literalmente guiado por Deus para uma sessão onde deparei-me com uma obra que oficialmente deu-me sentido e significado objetivo na vida!

Minha ida a capital de todos os baianos, para resolver minha atuação profissional no setor de corretagem de seguros, onde eu atuava no dia-a-dia para ganhar o pão e sustentar família numerosa. Porém, ao encontrar o título: “A Medicina Natural ao Alcance de Todos”, de autoria de Manuel Lezaeta Acharán – Editora Hemus; foi como se um raio de luz descesse do Céu diretamente para a minha mente. Esqueci-me de todos os afazeres, declinei de tudo e de todas as coisas.

Lembrar-me-ei até meu último dia, que me sentei num canto da famosa Biblioteca e pus-me a ler da primeira página em diante. Os muitos anos de outras leituras me socorreram. Em seis horas ininterruptas, sem idas ao banheiro e nem fome, sem água ou cansaço – engoli tudo! Foi acachapante!

Havia encontrado a verdadeira Escola de Medicina Natural, com todos os princípios, fundamentos, estratégias e caminhos de indicação primária. Mas, não podia levar a memorável obra e já se encerrava em toda parte o dia de trabalho. Recolhi-me ao Hotel! A cabeça cheia das ideias e não tinha anotado nada, porque não tinha ido à Biblioteca de São Bento em busca de uma leitura, mas apenas para visitá-la, por ser grandiosa e histórica.

No dia seguinte, estava às voltas com os sebos de Salvador e, o que achei, explodiu-me de satisfação inaudita! Além de poder comprar o livro do grande mestre Acharán, para minha dadivosa euforia, achei ao seu lado o livro de seu filho único, Dom Rafael Lezaeta Perez-Cotapos, intitulado: “A Saúde Pela Natureza”.

É desnecessário dizer que a viagem de cerca de 18 horas de Salvador (BA) para Juazeiro do Norte (CE), onde eu residia, foram apequenadas pela grandeza da verdadeira viagem que passei a fazer destes dois livros que tenho aqui comigo em minha biblioteca pessoal e fundamentaram tudo. Minha vida na Naturologia Clínica nasceu naquela ocasião. Não sei precisar qual foi o mês, a data exata, mas foi em 1996 com certeza, porque em 1997 eu deixei o Adventismo do Sétimo Dia por razões teológicas muito peculiares e minhas, e já estava no universo de estudos que levaram anos para minha formação completa se consolidar.

  • Do Meu Arrazoado Com a Naturologia Clínica.

A Naturologia Clínica é muito próxima da Naturopatia Científica; na verdade, minha iniciação formal se dá com um Curso de “Medicina Tradicional em Naturopatia Científica” – pelo extinto Instituto Vida Natural, da Cidade de Asunción (Paraguay) onde, durante longos sete anos (1998-2004), eu, que tinha imensas dificuldades financeiras, pela família grande com 5 filhos, lutei para sustentar e consegui vencer os desafios prementes que se ergueram à época.

Ao mesmo tempo, fazia uma Graduação em Teologia, porque a formação Pastoral-Teológica nunca se dissociou de minha jornada! E, quando não lidava com um Curso, ajustava-me com outro. De sorte que, na mesma Instituição, concluí tudo em 2004, sagrando-me Graduado Teólogo – Pastor Ministro de Culto e, na mesma ocasião, “Médico Tradicional em Naturologia Aplicada”.

O tempo de leitura e de vivência como Terapeuta Naturista iniciado em 1996, se tornou efetivo, contudo em 1998, quando ingressei na Associação Nacional de Terapeutas Naturistas – ANTN – que à época conferia uma formação básica muito básica e permitia aos seus concluintes o início do trabalho com um protocolo muito simples.

Tornei-me membro do Sinaten em Agosto de 2000, sob os auspícios de meu grande amigo Prof. Milton Alves dos Santos que, assumia à época o árduo trabalho de enfrentar as crises de ataques que se faziam aos Massoterapeutas e Terapeutas Naturistas, que eram todos vistos como curandeiros e charlatães, perseguidos do mercado e dos tubarões do Sistema de Saúde.

Em 2001 tornei-me Instrutor Credenciado pelo Sinaten e, já produzia um Curso que funcionava em Juazeiro do Norte (Ceará), com a chancela do Sindicato e que tinha, entre suas principais composições, os dois livros da Família de Acharán, duas obras de Ellen White e seis apostilhas que eu mesmo produzi, baseado em tudo que estudava e acompanhava do setor.

O que havia no Nordeste Brasileiro? Em termos de cursos e formação estruturada? Nada!

Ouvia-se de freelancers e algumas clínicas que surgiram, fruto da iniciativa que ocorria no cenário do Mercosul e do Instituto Vida Natural de Asunción que ampliava suas conexões com a Colômbia, Peru, Bolívia e Chile. Todavia, uma iniciativa brasileira, não existia.

Em 1998, começaram dois Projetos em São Paulo – mas, eu estava no Nordeste e não no Sudeste; ou seja, meu universo de 35 milhões de pessoas estava absurdamente sem qualquer iniciativa neste sentido.

Coloquei-me na vanguarda e contrariando todas as sugestões, enfrentando todos os desafios, sem condições financeiras e trabalhando com três frentes de trabalho e muitas vezes dormindo apenas 4-5 horas por noite, tendo sido prejudicado até hoje por tal esforço, avancei no objetivo gerado naquela tarde dentro da Biblioteca do Mosteiro de São Bento.

O que eu buscava?

Uma interpretação clara, do que significa “a medicina natural de fundo” – e logo eu percebi, pelos estudos, que havia (e ainda há) uma grande dificuldade dos envolvidos no estudo profundo das linhas de entendimento, de quatro pontos que se impõem na formação acadêmica:

1º) Uma Visão Objetiva do Método – A Naturopatia se propõe uma ciência que atuará sobre “as doenças com técnicas naturais” e sua nomenclatura diz isto: “Naturo” = natural + “Patia” = doença. / Desde o início dos meus estudos, isto me incomodava, porque eu percebia que havia um interesse dos estudantes, profissionais, professores e instituições que lidavam com a pauta em pretender a insígnia de médicos naturistas e, isto não estava e não é correto! Não é o trabalho de um “médico” como classifica-se nas esferas válidas da legalidade, o que se procura, pelo contrário, uma leitura séria de Acharán, mostrará que, definitivamente, não somos médicos de jeito nenhum. Mas, isto não se impõe por implicância ou atrevimento, mas, porque o método não comporta uma interpretação dicotomizada do ser humano e muito menos do corpo humano e, a Alopatia faz isto de modo absoluto quando se divide em especialidades e cria uma enorme dificuldade de entendimento do que significa saúde holística, isto é, integral e presente num corpo unificado e indivisível. Acharán afirma e demonstra que a vida têm uma só função no corpo e ela se impõe pela unidade ou unitarismo fisiológico.

2º) A Necessidade de Escopo Científico Válido – A minha análise, entre os anos de 1998 até 2007, de toda a cena referente ao trabalho dos Terapeutas Naturistas do Brasil, viajando pelo País e tendo ido algumas vezes a Asunción, bem como no intercâmbio com as Escolas Europeias (Alemã: Sebastian Kneipp; Espanhola: Eduardo Alfonso Hernán; Francesa: Pierre Valentin Marchessau), ao lado do que chamo de Casa de Acharán (Chile) e de meus professores, especialmente Dr. Pedro José Bogado Alfonso – Índio Guarani que liderou o Curso que eu fazia e concluí; apontava para uma questão que estava ali, bem nítida: éramos chamados de charlatães e curandeiros, maltratados muitas vezes, porque nossa exposição dos temas era baseada em uma péssima formação acadêmica e comunicativa. Ou seja, estudávamos ciência como os demais profissionais de saúde, nas bases idênticas de Anatomia, Fisiologia, dentre outras disciplinas; mas, quando chegávamos na hora de expor a nossa posição como o que veio a ser chamado pela OMS – Organização Mundial da Saúde – como Medicina Tradicional Ancestral Natural e Autóctone, garantida por Resoluções aprovadas pela ONU, onde o Brasil era signatário e aprovou nossos direitos; nos tornávamos fraquíssimos e sem fundo. Isto acontecia porque a nossa formação e estratégia de comunicação era muito ruim. Isto exigia uma releitura total de toda a plataforma ou a construção de uma nova!

3º) Campos de Identidade, Coerência, Transparência e Compromisso – Desta convicção, iniciei, pois, a dita releitura, durante todos os anos que vão de 2004 até 2008 – quando consegui demonstrar aos nobres Mestres de toda a América Latina esta minha percepção que, tendo sido documentada, guardei comigo em meus arquivos, não só a minha formação, mas, dela, o motivo pelo qual tornei-me, por Aclamação na Reunião Plenária dos Mestres de Medicinas Tradicionais da América Latina, o Mestre nº 302, consolidando-se em 2009 com a Medalha e Diploma de Comendador da Medicina Tradicional Naturista no Brasil e em 2010 com meu Doutorado. / Mas, o que eu buscava? Uma identidade e ela surgiu na justa medida em que fundamentei o que se tornou uma percepção de Filosofia, Ciência, Técnicas, Arte, Tradição, Ética, Permacultura e Mercado. No seu bojo, veio então a dimensão da coerência, ou seja, o que vai sendo organizado deve responder a critérios que sejam rigorosamente fiéis às Leis Naturais e ao sentido científico de conhecimento sério. O que significa que precisater (a) fatos + (b) dados + (c) numa linha do tempo evolutiva + (d) baseada em princípios demonstráveis na prática clínica objetiva. Por força do que se impõe, nestas duas bases, se exige de imediato a máxima transparência expositiva, verdadeira, honesta e sem desvios para agradar qualquer que seja o interesse difuso da verdade. E, por fim, como eclosão finita: o compromisso de praticar o que se descobriu no processo.

4º) Curso Didaticamente Apresentado – De todas estas três bases essenciais, deve surgir uma Escola de Entendimento e, não poderia se denominada Naturopatia ou qualquer coisa parecida com isto, porque esta nomenclatura e algumas outras já existiam e possuem suas diretrizes bem consolidadas, inclusive como uma Cultura. Foi quando percebi que “Naturo” = “Natural” + “Logia” = estudo + “Clínica” = “Terapêutica” representaria bem o que de fato eu estava desejando apresentar numa luz diferente do que eu ouvia e percebia. Inclusive, na observação diária de diversos atores do mercado, o que eu percebia era que os profissionais faziam o seguinte: (1) faziam um Curso, (2) em seguida, trabalhavam com certos produtos naturais para supostamente tratar ou curar doenças. // Por definição, já na raiz de Acharán, tal iniciativa é, decididamente inglória e indevida, contrariando totalmente toda a literatura e Mestres que citei a pouco no item “2” quando da necessidade de escopo científico válido. // É neste momento que percebo que o que era e é consolidado na Escola de Medicina Natural, precisava de uma abordagem bem-organizada, que fosse capaz de explicar para qualquer pessoa que quisesse estudar, como o Sistema funciona, partindo da homeostasia, avançando para a Somatossíntese, chegando na terapêutica, constituindo um protocolo seguro que respeite o todo até aqui explicitado.

  • Minha Marca Pessoal na Naturologia Clínica.

É, pois, óbvio, que toda esta percepção de Mundo e da vida, bem como outras demandas que se imporão ao longo de toda a minha construção e no dia-a-dia de ordenamento do que significa ser um Clínico de Terapias Naturais – têm uma marca bem pessoal (personalíssima); porém, em todo o tempo, evoco a ideia de que meus Alunos devem entender uma coisa principal: sejam vocês, criem sua própria caminhada, construam uma identidade e jamais permitam-se imergir de tal modo na visão e abordagem dos professores e mestres que, por algum infortúnio, percam-se no processo!

A Naturologia Clínica é, conforme se apresenta no cenário da saúde pública, uma dinâmica baseada na abordagem holística humana, partindo da compreensão cristã do que seja um ser humano físico, emocional, intelectual e espiritual, criado para a glória de Deus, dotado de uma capacidade denominada pelos fisiologistas de ‘homeostasia’ que, deve ser a única forma de se entender o que é saúde verdadeira e, em decorrência disto, o que é doença e como combatê-la.

Ao longo da sua composição, quatro ‘mestres’ são colocados como colunas principais: (1º) Manuel Lezaeta Acharán (1881-1959)[2]; (2º) Ellen Gould White (1827-1915)[3]; (3º) Eduardo Alfonso Hernán (1894-1991)[4]; e, (4º) Dale Carnegie[5].

Na disposição de sua dinâmica, uma estrutura de entendimento profissional é construída com base em oito campos de investigação com diversos subcampos; os principais são: (1ª) Filosofia, (2ª) Ciência; (3ª) Técnica; (4ª) Arte; (5ª) Tradição; (6ª) Ética; (7ª) Permacultura; (8ª) e, Mercado.

Contando de 2002, quando a primeira Turma de Naturologia Clínica foi gerada no Brasil até 2022, um total de 18 Turmas foram lideradas por mim; contando com uma atuação formativa em um Curso de 2 anos. Este Curso sempre está em contínua divulgação aberta ao público[6] e, nunca paro de aperfeiçoá-lo e atualizá-lo.

Minha participação ativa na construção da Naturologia Clínica, parte da compreensão da Naturopatia Científica Clássica, defendida por mestres[7] históricos como Hipócrates, Sebastian Kneipp, Arnold Rikli, Adolf Just, Padre Tadeo di Vincent, Rafael Lezaeta Perez-Cotapos, Pierre Valentin Marchessau, Jules Tissot, além dos quatro mestres principais já citados e muitos outros de relevância conhecida entre os pares desta área profissional e científica.

Na prática, a dinâmica naturológica clínica aborda de forma direta tudo que está previsto no “Anexo: Naturopatia” da Portaria nº 849 de 27/03/2017[8] do Ministério da Saúde do Brasil. Porém, na constituição objetiva do trabalho, o Naturologista Clínico constrói num diálogo com seu cliente (interagente) quatro etapas de uma consultoria assim definida: (1ª) Histórico Clínico para a definição em uma Avaliação escrita; (2ª) Construção de uma dinâmica que envolverá quatro etapas que são o Cronobiograma para o ajuste do relógio biológico, uma cultura de alimentação naturista, a aplicação de produtos de apoio que sejam pertinentes e o uso dos recursos de diversas terapias de apoio; (3ª) Há um acompanhamento durante ciclos de 30 dias com retornos agendados; e, (4ª) A indicação de material de instrução para o desenvolvimento de uma consciência de mudança do estilo de vida para torná-lo mais saudável em harmonia com os princípios naturológicos.

A aplicação da abordagem cristã se deve objetivamente a quatro fatores bem definidos: (1º) a Sociedade Brasileira, segundo o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – é constituída de 87% de toda sua população cristã; (2º) a orientação formativa do Professor Jean é notoriamente cristã em sua construção plena; (3º) o ambiente em que estudou a Naturopatia Científica foi rigorosamente cristão desde seus primeiros elementos até a consolidação da sua formação acadêmica; e, (4º) há uma harmonia constitutiva entre os valores bibliocêntricos e os fundamentos da Naturologia em seus oito pontos fundamentais de edificação como Escola de Saúde Holística.

Confesso que, diante de diferentes desafios na construção de entendimentos, que é questão própria de Professor-Mestre que busca uma obra como a que venho desenvolvendo, serei naturalmente isolado de muitas coisas da vida. Perderei certos privilégios que outros conseguem desfrutar sem o apupo das leituras de Tratados de Medicina, de Obras Clássicas, de Teologia e Antropologia.

Mas, me acostumei!

Tenho poucos amigos, embora muitas conexões no cenário profissional. Vivo em certa reclusão em meu próprio Gabinete, em minha residência rodeado de meus livros que desejo urgentemente reduzir e a cada mês arranjo mais uns 5-10 (kkkkk); à exemplo do fato de que entre 2015-2022, residente entre Gravatá-Caruaru, no Estado de Pernambuco, não possuo um único amigo “para tomar um suco”; mantendo amizades antigas em considerável distância presencial.

Definitivamente diagnosticado como um Borderline, adotei há muitos anos a Terapia do Esquema[9], alinhada com o método Dale Carnegie[10] de reorganização pessoal, como mecanismo de autogerenciamento de mim mesmo; por esta razão, escolhi adotar uma vida com certa reclusão social, atuando apenas em situações formais e profissionais com certo objetivismo e, depois, fecho-me feliz e contente com meu ostracismo já conhecido onde, poucos amigos e a luz de Keyla iluminam-me a alma!

Uma de minhas conexões sociais está na área da política; porque preciso levar a Naturologia Clínica para toda a República!

Isto me faz envolver-me com Instituições de prestígio e importância como a ABRASCI – Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura – criada em 1910, onde tenho a honra de ocupar a Cadeira nº 48.

Também a OMEBE – Ordem dos Ministros Evangélicos do Brasil e Exterior – onde ocupa a Cadeira nº 14267 com exercício pleno do ofício pastoral, tendo sido consagrado ao Ministério em 07/11/2007.

Faço parte na atualidade do Partido Liberal (PL)[11] ingresso em 2022.

Declaro-me pois, um sujeito que vive de modo utilitarista-pragmático, com uma disposição religiosa conservadora, definitivamente anticomunista e defensor do liberalismo econômico e, um permanente buscador, na esfera filosófica e maiêutica do realismo”.

Esta construção envolve fatores sempre envoltos em certa complexidade, pelo que direi sem constrangimento e dando certo destaque se me permitirem:

Poucas pessoas, nesta geração de analfabetos funcionais e dominados pelo mundo líquido codificado por Zygmund Bauman[12], estão interessadas em qualquer coisa que tenha ‘um textão’, porque são pessoas rasas e cheias de pseudoverdades ditadas por um colégio de ignomínia em relação à glória da literatura clássica e aos princípios de fundo cristão que norteiam a construção de nossa Civilização – as pessoas parecem interessadas em futilidades e não em escatologia, filosofia do direito, soteriologia e muito menos em uma figura estranha como eu; ainda bem que sou útil como Professor de Naturologista.

  • Nosso Curso de Naturologia Clínica em 2022.

Desta forma, cônscio de nossas limitações, entendo que estamos frente-a-frente com uma boa exposição do que queremos, isto é, a Naturologia Clínica, deve obedecer a uma intenção e uma vocação, mas também deve ser clara nas explanações objetivas das 24 disciplinas que escolhemos para explicá-la e são elas:

DISCIPLINAS DE NOSSA FORMAÇÃO EM 2022

NC/01Introdução à Naturologia Clínica
NC/02Fundamentos da Metodologia Naturológica
NC/07Somatossíntese I
NC/08Somatossíntese II
NC/06Cito-Histologia Aplicada
NC/10Avaliação Multifocal Aplicada
NC/13Terapias de Apoio II (Hidroterapia e Geoterapia)
NC/17Terapias de Apoio III (Arteterapia)
NC/11Introdução à Cronobiologia Naturológica
NC/03Choque de Paradigmas e Terapias Comparadas
NC/09Estudos da Ativação Emunctorial
NC/05Ética, Legislação e Mercado Naturológico
NC/21Conjuntura Contemporânea e Saúde Pública
NC/04Introdução à Saúde Pública Aplicada
NC/18Permacultura
NC/23Coaching de Saúde Holística
NC/19Estudos da Espiritualidade Humana Integrada
NC/22Comunicação Aplicada
NC/14Educação Alimentar Somatológica
NC/15Educação Fitoterápica
NC/16Introdução à Cinesiologia Naturológica
NC/12Terapias de Apoio I (Oxigenoterapia)
NC/20Fundamentos da Educação Familiar
NC/24Programa Comunitário
NC/25Banca Conclusiva + TCC e Seminários

Todas estas disciplinas são uma manifestação de uma percepção objetiva de como vejo (vemos) a Naturologia Clínica, organizada em “caixas de entendimento” que se unem e organizam a mentalidade clínica-técnica!

A nossa apresentação e desenvolvimento do Curso que inicia toda a oportunidade para quem quiser ser um Naturologista Clínico está divulgada em https://naturologiaclinica.org

Que Deus nos ajude e guarde!

Prof. Jean Alves Cabral

https://professorjean.com


[1] http://www.saobento.org/Biblioteca/biblioteca.html

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Lezaeta_Acharán

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ellen_G._White

[4] https://ca.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Alfonso_y_Hernán

[5] https://pt.wikipedia.org/wiki/Dale_Carnegie

[6] https://naturologiaclinica.org

[7] A história destes mestres históricos pode ser conhecida no livro “A Saúde Pela Natureza” de autoria de Rafael Lezaeta Perez-Cotapos, Editora Hemus (no Brasil).

[8] http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/prt_849_27_3_2017.pdf

[9] Sobre a Terapia do Esquema ver: https://www.associacaobrasileirate.com.br/sobre/a-terapia-do-esquema/

[10] Sobre o Método Dale Carnegie ver: https://www.dalecarnegie.com/pt-br

[11] Sobre Partido Liberal ver: http://pl22.com.br/

[12] Sobre Zygmund Bauman ver: https://pt.wikipedia.org/wiki/Zygmunt_Bauman

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