RESPONDENDO A UM JOVEM QUE ENVIOU-ME UMA MENSAGEM AFIRMANDO QUE NÃO HÁ NADA ALÉM DA MORTE E QUE OS SERES HUMANOS VIVEM ILUSÕES NO CAMPO QUE CHAMAM DE ESPIRITUAL!
Humanamente falando, um ser humano não passa disto mesmo: um humano!
Mas, eis a contradição: se “tudo” que vivemos significa um “nada” em termos de sentido da vida; então, se alguém der um tiro na sua cara ou estuprar sua família, está tão bem como se lhe der flores ou lhe abençoar? O bem é mal e o mal é bem? Ou a angústia pela falta de respostas e apego a filósofos depressivos predomina onde o ventre materno consagra a chegada da vida?
É óbvio que, mesmo neste tipo de arrazoado negativo, se pode perceber que a existência humana depende de (1) tempo + (2) espaço + (3) energia + (4) consciência.
Esta é a realidade aqui e agora; e, aqui e agora, escolhemos nossa própria vida dentro destes 4 limites da “casinha” onde estamos “colocados”, impositivamente fomos colocados dentro delas: na realidade e na casinha.
Basta refletir com honestidade intelectual e percebemos que há Leis Naturais em andamento (exemplo: Causa e Efeito). Ora, é “ilusão” ou “bobagem” toda a carga de emoções, toda construção linguística em nossa intelectualidade e de toda bagagem espiritual da Humanidade?
Sim todo este acervo seria, por uma piada de mal gosto imposta pela realidade que temos aqui e agora uma patologia psíquica? Mas, se eu defino patologia, se defino realidade, se defino morte, se defino existência e as contas que tenho que pagar; nada disto tem significado algum?
Talvez por isto se declare no Salmo 14:1: “diz o louco em seu coração: não há Deus!” – e, daremos um desconto ao “louco” que é, em si mesmo, seu próprio pesadelo carente de cura e ajuda!
Como me perguntam, responderei!
É-nos dito nas Escrituras Cristãs que “todo aquele que diz estar em Jesus Cristo deve procurar andar como Ele andou” (1ª João 2:6) – e dEle se declara que “andava” ensinando, pregando, curando e fazendo o bem (Mateus 4:23; 9:35 e Atos 10:38) – de sorte que, ainda que cada um escolha o que bem lhe convém (e não mal que lhe convém! ops!) – há com certeza uma dimensão muito superior do que a nossa pequena capacidade perceptiva vê, sente, ouve, cheira, degusta e consegue identificar; parece-me que o ideal é “não ter certezas absolutas” e nem a “prepotência de dar o assunto por encerrado até quando realmente a morte chegar”; sobretudo, porque “cada um de nós dará conta de si mesmo diante de Deus” (Romanos 14:12).
Firme-se cada um que chegou até aqui neste texto: eu e tu vamos dar conta de nós mesmos diante de Deus! Ponto final – se aceitar dá pra fazer alguma coisa à respeito, se não aceitar, já está tudo em ordem, afinal o objetivo da vida não é ser aniquilado e ser tornado um “nada”?
Bem, mas se Deus não existe, então a própria dedicação à análise se torna estupidez por definição, haja vista que nos dicionários Deus é o que É: a realidade absoluta em Si por definição primária.
E é o que mais me causa espanto: os ateus e céticos precisam de auditório e de atenção para firmar que “o nada é nada” e, gastam um enorme tempo para apontar um propósito para a existência: firmar o conceito de que nada é nada e, me pergunto: se é um baita nada porque um idiota destes torna objetivo de sua própria vida defender um nada se ele mesmo já é um nada em si mesmo e vai-se para o nada?
A não ser que este nosso idiota apego à vida seja esta estupidez inútil que aqui está sendo laureada (por ateus e céticos) e, por conseguinte, justifica-se dar um tiro na própria cara, porque tal oportunidade de encerrar aqui e agora esta experiência idiota chamada vida tanto faz como tanto fez!
Para mim, fica claro que no máximo um ser humano, filosoficamente falando, não passa deste ser limitado chamado: humano!
Mas, eis a grande contradição: por que um ateu gasta seu tempo pretendendo entender as coisas que dão significado a uma análise se no final das contas, tudo se resume a uma completa inutilidade e estúpida ilusão chamada “vida”?
Ou a aceitação de certas definições o torna significativo de alguma maneira? Bem, se torna significativo aqui e agora, então, no momento da morte, o significado até dela mesmo se revelará! Mas, talvez seja como vejo: um ateu e um cético não conseguem sair do plano pífio e frágil do chão e do pó.
Aliás, porque precisam de conceitos disto ou daquilo se no final das contas somos pior do que vermes? Sim, porque até os vermes possuem finalidade!