Stephaine Bárbara, Suzzan Évelyn, Sharalle Márjorie e Sullivan Felipe; são meus quatro filhos!
Sou uma figura muito pragmática-utilitarista em matéria de coisas emocionais; a vida não é feita de coisas que eu gostaria que fossem, mas daquilo que é. Também por ser um borderline plenamente controlado por métodos naturais e espirituais oriundos de Deus, meu ostracismo me impede de arroubos de choros e sentimentalismo. Com isto quero dizer que sempre me posiciono de tal modo que não me afaste do máximo de racionalidade possível. Talvez seja um apego muito rigoroso ao princípio que diz: “O que confia em seu próprio coração é insensato, mas o que anda sabiamente escapará” (Provérbios 28:26).
A idade vai avançando, vejo meus filhos envelhecendo nesta vida e meus netos surgindo no Mundo e isto me faz refletir.
Sei que fisicamente, presencialmente, eu e eles estamos distantes. Nos últimos 18 anos eu só conheço as nuances, as frases, as imagens, as histórias pontuais e esporádicas de meus filhos daquilo que me permitem saber à distância. A linha do tempo ininterrupta na convivência não existiu porque eu estou no Norte-Nordeste Brasileiro e eles em Santa Catarina. O que sei é o que eles revelam.
No clássico de Liev Tolstói intitulado Anna Karenina a frase fantástica que ele apõe de saída diz muito de minha realidade interior à este respeito (família e filhos): “Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira”.
Há possibilidade de se escrever centenas e até milhares de páginas sobre isto, mas não é o que quero e nem é necessário. Por quê? Porque eu sou um sujeito “feliz” e não possuo qualquer dificuldade emocional que me assedie, pelo distanciamento que acabo de narrar e que é factual. E, escolho explicar-me, porque sei que haverá situação em que esta pergunta se imporá: como é sua relação com seus filhos?
Mas, aprecio a frase inicial, tanto quanto a complexa trama que se manifesta na magnífica obra da literatura universal. O significado desta frase (“todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira”), para mim é que, as famílias, por si sós, quaisquer que sejam as condições e histórias, podem escolher um caminho de sofrimento se assim desejarem; mas eu creio que Deus guiou-me e tem guiado meus filhos para entenderem uma coisa bem clara: eles me respeitam e cumprem a Palavra de Deus neste ponto e, por esta razão, minha benção está sobre os quatro: respeitar o pai não é uma opção, é um mandamento (Êxodo 20:12), quem o cumpre viverá! É a promessa divina!
Não tenho visto nenhum deles proceder de modo tal que estejam sob maldição, como se vê nestas passagens: “E quem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente será morto.” (Êxodo 21:17); “Vós, filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.” (Colossenses 3:20); “Ele (Jesus), porém, respondendo, disse-lhes: Por que transgredis vós, também, o mandamento de Deus pela vossa tradição? Porque Deus ordenou, dizendo: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser ao pai ou à mãe, certamente morrerá.” (Mateus 15:3-4); e, por estas determinações sagradas, se impõe uma linha de percepção fundamentada em princípios e não em emoções que, para mim são sempre uma última possibilidade e nunca poderão superar os valores espirituais e a razão.
E só por isto já há motivos para que a minha tristeza pessoal (infelicidade pessoal única) de não ter podido conviver com eles nestes anos seja minimizada, porque não se manifestam para a amaldiçoarem a si próprios sem qualquer motivo justo.
Uma passagem fundamental de Cristo me ilumina o entendimento, para saber que não estou incorrendo em algum erro por haver dedicado profundamente minha vida à Causa a que estou submetido e explico em meus Sites (https://professorjean.com e no http://naturologiaclinica.org) e ela diz o seguinte: “Milhares de pessoas acompanhavam Jesus; então, dirigindo-Se à multidão lhes declarou: ‘se alguém deseja seguir-Me e ama a seu pai, sua mãe, sua esposa, SEUS FILHOS, seus irmãos e irmãs e, até mesmo a sua própria vida mais do que a Mim, não pode ser meu discípulo. Da mesma forma, todo aquele que não carrega a sua própria cruz e segue após Mim, não pode ser Meu discípulo.'” (Lucas 14:25-27).
Outro fator muito importante é que meus filhos encontraram seus amores e eu vejo isto no brilho dos olhos deles, na entonação das falas e nas conquistas que vão surgindo nas mídias sociais e contatos comigo. Mas, com certeza, o amor dos filhos deles (meus netos) se consolida uma nova história para eles que, decididamente, encerra qualquer emocionalismo indevido para comigo e, a prioridade total passa a ser o cuidado deles com as crianças deles!
Como sou um evangélico-dogmático e tal posição mental me protege há décadas de minha deficiência com referência à minha predisposição à Síndrome de Bordeline que, também faço a regência com calculado isolamento social planejado há mais de 30 anos; não me atormento com a ideia de que perdi anos com eles porque está escrito que “todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus e guardam Seu propósito” (Romanos 8:28); e, se tem uma coisa que qualquer um que me conhece há exatos 26 anos, é que estou comprometido totalmente com a Causa da Naturologia Clínica conforme a justa abordagem Cristã – e os frutos são públicos e notórios.
Por fim, alenta-me, da parte de Deus, que “a bendita esperança” da segunda vinda de Cristo (Tito 2:13) encerra toda a questão, porque como dizemos no celeiro da Igreja de Cristo: “que são os poucos anos que aqui estivemos em durezas e dificuldades, se nossa vida poderá ser eterna quando Cristo retornar?” — assim, há apenas uma ansiedade inútil de minha parte com este aspecto, é que “cada um de nós dará conta de si mesmo diante de Deus” (Romanos 14:12) e, gostaria muito que meus filhos pudessem estar prontos por ocasião do retorno de Cristo à este Mundo.
Ademais, fica valendo Efésios 6:1-4 e que Deus nos ilumine e guarde!
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa;
Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.”