Não se trata do que eu ou você achamos desta ou daquela pessoa; mas do que eu acho de mim mesmo; o resto é o som da chuva nas calhas e telhas, ou o silêncio da madrugada frente ao suave zumbido do vento entre as folhas das árvores.
A busca por uma filosofia de vida é um ato pessoal e nunca coletivo!
Nesta direção, o máximo que posso oferecer são as minhas impressões testemunhais e percepções intelectuais; porém, sem qualquer ranço de quem necessita de seguidores para se tornar querido.
Na verdade, em minha óbvia experiência singular, eu não ligo mais para ser querido ou odiado – o que me causa profunda atenção é se eu gosto de mim o suficiente para ser, nesta justa medida, capaz de gostar de outras pessoas tendo este mesmo critério. Se eu conseguir ser assim, cumpro a Lei: “amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.
Ora, se eu conseguir amar as pessoas desta forma, já é bem mais do que ser um bobão orgulhoso por qualquer vaidade; incluindo esta minha própria definição aqui indicada!
Concordo que há algumas palavras-chave que me ajudam a construir o que denomino de minha filosofia de vida e não “a filosofia” para ser posicionada sobre aqueles que, dizendo-se filósofos, terminarão como eu: mortos em um cemitério! Não se trata de “dizer verdades na cara dos outros” – é tudo uma questão de celebração do que eu chamarei de “realismo”.
Meu “realismo” é a reunião de quatro pilares fundamentais com tudo que vem neles e, por fim, daquilo que me interessa aproveitar para formar minha própria concepção do que posso compartilhar, sem a intenção de fazer do leitor meu prosélito.
Sou um pragmático-utilitarista, também sou um evangélico-dogmático, consigo unir a estas duas pilastras as plataformas do liberalismo-econômico e do missionarismo-cristão.
Não tenho interesse em debater ou discutir ‘as correntes filosóficas’ – interessa-me a realidade (realismo) de que estou, neste exato momento, indo para meus 52 anos, e ao escrever estas linhas, perfeitamente convicto com a Escritura Sagrada que diz que “setenta anos é a duração da nossa vida, havendo vigor, oitenta, mas o melhor deles é enfado e canseira” (Salmo 90:10).
Daí que longe de pretender ser sombrio e trágico; tenho pouco tempo para realizar algumas coisas nesta vida; devo conceituar com o máximo de brevidade e urgência a minha filosofia de vida porque por ela estou vivendo e meu tempo vai se esgotando dia após dia.